Materiais
Seguindo seus princípios de divulgação e disseminação de materiais confiáveis e que ofereçam suporte à prática clínica e à tomada de decisão compartilhada, nessa página o grupo Chronide disponibilizará informações para entender os projetos internos, artigos e cursos selecionados que podem lhe auxiliar na compreensão dos assuntos
INFORMAÇÕES
Diretriz Clínica
O que é e para que serve?
São documentos que contêm recomendações para otimizar o cuidado em saúde oferecido aos pacientes, formuladas a partir de uma revisão sistemática das evidências e análise de riscos e benefícios das intervenções para cada condição clínica de saúde, além de outros fatores associados ao contexto local.
Destacamos aqui alguns dos importantes objetivos das diretrizes clínicas:
a) tornar as decisões clínicas mais objetivas diminuindo a variabilidade clínica,
b) educar pacientes e profissionais sobre a melhor prática atualizada;
c) melhorar a relação custo-efetividade dos cuidados em saúde.
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Dependendo do país no qual o documento é produzido, ele pode ser chamado de distintas maneiras.
Em inglês, o termo usado é clinical practice guidelines.
Em países de língua espanhola, as diretrizes clínicas são também conhecidas como Guías de Práctica Clínica (GPC) ou guidelines.
Em Portugal, diretrizes clínicas recebem a denominação Normas de Orientação Clínica (NOC).
No Brasil, ouvimos os termos Diretrizes Clínica e Guias de Prática Clínica.
Cabe salientar, entretanto, que Diretrizes Clínicas não são sinônimos de Protocolos Clínicos.
As Diretrizes Clínicas fazem recomendações, não são impositivas, preservam a autonomia na tomada de decisão.
Já os Protocolos Clínicos podem ter estrutura semelhante às DC mas tem característica normativa.
Quer conhecer os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas publicados pelo Ministério da Saúde do Brasil?
AGREE II
A qualidade de uma diretriz clínica é avaliada segundo o relato do seu processo de elaboração.
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Para que possa ser verificado se o processo de elaboração de uma diretriz clínica foi criterioso e transparente existem diversos instrumentos validados, sendo que o mais usado atualmente é o AGREE II.
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Esse Instrumento é composto por 23 itens subdivididos em 6 domínios: escopo e finalidade (domínio 1), envolvimento das partes interessadas (domínio 2), rigor de desenvolvimento (domínio 3), clareza de apresentação (domínio 4), aplicabilidade (domínio 5) e independência editorial (domínio 6).
AGREE REX
Notas altas em uma avaliação empregando o instrumento AGREE II não garantem recomendações confiáveis e aplicáveis - não é possível assegurar a credibilidade e implementabilidade das recomendações pela análise do relato do processo de elaboração da diretriz clínica. Tampouco existe garantia para afirmar que uma diretriz de menor qualidade metodológica não possua recomendações confiáveis e implementáveis. Ou seja, um escore alto no AGREE II não prediz recomendações com acurácia e implementáveis em diferentes contextos.
Para suprir essa lacuna do conhecimento, a colaboração AGREE desenvolveu um complemento para o AGREE II, baseado em evidências, denominado Appraisal of Guideline for Research and Evaluation - Recomendations Excellence (AGREE-REX).
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O AGREE-REX
- possibilita a avaliação crítica das recomendações pelos desenvolvedores de diretrizes e usuários, verificando se as recomendações são aplicáveis de acordo com o contexto.
- considera que para uma recomendação apresentar qualidade e ser confiável, deve contemplar valores dos desenvolvedores das diretrizes clínicas e formuladores de políticas, além das preferências dos pacientes.
Tecnologias em Saúde
Tecnologia em saúde é um conceito amplo que consiste na aplicação de conhecimentos para promoção de saúde, prevenção e tratamento de doenças.
A tecnologia em saúde compreende desde medicamentos, exames diagnósticos e procedimentos médicos até sistemas organizacionais de apoio à saúde, programas e protocolos assistenciais.
Avaliação de Tecnologias em Saúde
A ATS é vista como um processo multidisciplinar, que estuda as implicações clínicas e econômicas do desenvolvimento, da difusão e do uso das tecnologias em saúde, assim como implicações sociais e éticas
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De forma geral, pode ser definida processo baseado em evidências que procura examinar as consequências da utilização de uma tecnologia de cuidados de saúde, considerando a assistência médica, social e questões econômicas e éticas.
A ATS visa obter subsídios científicos, éticos e econômicos para a tomada de decisão e manutenção da sustentabilidade dos serviços de saúde.
As evidências são obtidas através de estudos clínicos, estudos observacionais, revisões sistemáticas de estudos clínicos, avaliações econômicas e literatura cinzenta.
Ficou interessado?
Conheça a Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde